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Princípios

O Partido Social Democrático de 1945 foi fundado por interventores egressos do Regime Varguista. Esse fato por si só é capaz de demonstrar o perfil dos políticos que se juntaram ao PSD: em sua grande maioria, lideranças regionais com viés adesista.[2][3] Assim, o PSD pôde garantir a filiação de quadros importantes, cuja popularidade antecedia aquela do partido. Além disso, o PSD possuía estrutura interna bastante descentralizada, de forma que ao longo da sua história, a candidatura presidencial homologada pelo diretório nacional foi contestada por diretórios estaduais que eventualmente se aliavam a outras chapas sem desmembra-se do partido.[3]

Segundo Lucia Hippolito, a posição do PSD no sistema partidário daquele tempo pode ser comparada em muitas formas à posição ocupada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro na política brasileira posterior à redemocratização, havendo este inclusive recolhido grande parte dos seus principais quadros como Ulysses Guimarães e Tancredo Neves.[3] A autora enfatiza que o PSD possuía engajamento histórico com a manutenção do regime democrático de 1946, ainda que vários de seus membros tenham aderido ao movimento militar de 1964.[4] Contudo, tal adesão ao golpe de 1964 teria ocorrido em meio a um período de extrema polarização da sociedade brasileira durante o Governo Goulart, agravado pela luta interna no seio do partido que opunha a Ala Moça aos políticos tradicionais. Além disso, a capilaridade do partido no interior do país - característica que permitia a eleição de bancadas expressivas do PSD - vinha sendo desafiada por reformas internas no PTB, que buscavam a sua interiorização.[3]

História

Declínio do Estado Novo e Ascensão do PSD

A entrada do Brasil na Segunda Guerra ao lado das potências Aliadas preparou a dissolução do Estado Novo. O regime varguista passou a encontrar vários frontes de oposição: na política doméstica, havia perdido o apoio de importantes setores do Exército Nacional que, no Nordeste, se organizava sob a égide de Eduardo Gomes - esperançoso futuro presidenciável por uma chapa militar - ao passo que o tradicional bastião do anti-varguismo, São Paulo, se consumia por uma efervescência legalista pró-redemocratização traduzida em importante pressão oposicionista. Do estrangeiro, os Estados Unidos da América também manifestavam sua preferência pela queda do governo Vargas. Tudo isso culminou para a adoção, em 1945, da Lei Constitucional nº9, prevendo eleições diretas.[2]

Bandeira do Partido Social Democrático.

Em 22 de fevereiro de 1945, José Américo de Almeida, em entrevista concedida ao jornal O Globo, anuncia a recepção da candidatura do Major-Brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República pela Oposição, suscitando assim o recrudescimento do Governo à procura de um candidato próprio. Nesse momento, diversos elementos na política e na sociedade ainda ansiavam por uma continuidade varguista, mas o colapso do Presidente era iminente e essa incerteza política no campo governista alimentava o vigor da candidatura de Eduardo Gomes. Não foi até a renúncia de Vargas que os apoiadores do Governo puderam sondar a figura do Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra. A estreita ligação entre Dutra e o Exército Brasileiro era ideal para permitir o diálogo com essa instituição cada vez mais antagônica ao Presidente, além de retirar de Gomes o monopólio sobre o discurso militarista. Desta forma, a candidatura de Dutra foi cada vez mais articulada por importantes indivíduos da base governista que - diante da notória exaustão política e institucional de Vargas - pretendiam ultrapassar Eduardo Gomes através da reconstitucionalização e da deposição do regime.[2][3]

Nesse contexto, começam a se formar os principais partidos políticos do período: a UDN, em apoio a Eduardo Gomes; e o PSD, ventilando a candidatura do Ministro da Guerra. A primeira Convenção Nacional do PSD ocorreu em 17 de julho no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, reunindo interventores estaduais varguistas depostos pelo governo transitório do Presidente do STF, José Linhares.[2] Sem embargo, a questão regional era muito forte e a influência dos antigos interventores do Estado Novo em cada unidade federativa foi determinante para condicionar a adesão ao PSD: normalmente quando se apoiava Vargas, mas não se aprovava do interventor, juntava-se à Oposição.[4]

Contando com o sólido apoio de Getúlio Vargas e ainda de importantes setores do Exército, Dutra assegurou sua vitória na Eleição Presidencial de 1945, com cerca de 55% dos votos. Além da presidência, o PSD logrou maioria absoluta na Assembléia Nacional Constituinte, com 151 deputados (sobre 286) e 26 senadores (sobre 42).[2]

O Governo Dutra (1946-1951)

O Governo Dutra foi um período de grande êxito eleitoral para o PSD. Contava com 10 Ministros de Estado (dentre eles, Carlos Luz) e ainda exercia a presidência da Assembléia Nacional Constituinte através do senador Fernando de Melo Viana e do líder da maioria e vice-Presidente, Nereu Ramos.[2]

Posse de Eurico Gaspar Dutra (PSD) como Presidente da República

Entretanto, um crescente estranhamento entre duas facções começou a tomar conta do PSD: de um lado, os pessedistas que apoiavam uma aproximação com Vargas; e do outro, os chamados ''dutristas'' que viam futuro em uma aliança com a UDN, particularmente ao redor do baiano Otávio Mangabeira - grande articulador de coalizões entre o PSD e a UDN no nível estadual.[4][5][6]

A rachadura interna do PSD veio à tona com muita força na escolha do seu candidato nas eleições de 1947 ao governo de Minas Gerais (estado populoso que exerce papel central nas eleições nacionais). Dutra queria Carlos Luz como candidato, mas a ala getulista indicava José Bias Fortes e não estava pronta para ceder, mesmo diante da concessão pelos dutristas que evocaram como meio termo o nome do ex-Presidente Wenceslau Brás. Sem perder o apoio varguista, Bias Fortes derrotou Brás na convenção mineira do PSD, transformando-se no candidato do partido. Tal ordem de fatos enfureceu o clube dutrista que, liderados por Luz, Fernando de Melo Viana e Cristiano Machado; passaram a apoiar a candidatura do udenista Milton Campos.[2][3][4][5][7]

A escolha do candidato a sucessor de Dutra, utilizou-se da chamada ''fórmula mineira'': pretendia-se coligar o PSD à UDN, apoiando um presidenciável que fosse ao mesmo tempo pessedista e mineiro, remanescendo a UDN com a vice-Presidência. No entanto, a aprovação dessa fórmula pelos quadros do PSD provocou a ruptura do diálogo com Mangabeira e, assim, com a UDN. Nereu Ramos também deixaria a presidência nacional do PSD, afastando a ala getulista diante da excessiva ingerência de Dutra no processo de escolha do próximo candidato - tendo Dutra inclusive usado sua influência para vetar uma possível candidatura do então vice-Presidente.[4][2]

Sede do PSD no Rio de Janeiro. Presidente Eurico Dutra (PSD-RJ) (sentado) e Nereu Ramos (PSD-SC) (discursando).

Ao passo que Getúlio Vargas construía uma aliança com o PSP do paulista Adhemar de Barros e que a UDN relançava o Major-Brigadeiro Eduardo Gomes, o PSD dutrista finalmente se contentou com Cristiano Machado. Não obstante, o lançamento da candidatura Getúlio Vargas-Café Filho conquistou o apoio do reduto getulista nos quadros do PSD, provocando um esvaziamento eleitoral da candidatura de Machado: esse evento entrou para o jargão político como a cristianização do PSD.[3][4][7]

Com isso, Vargas saiu vitorioso na Eleição de 1950 com 48% dos sufrágios; Cristiano Machado obteve 21%, logrando o terceiro lugar na corrida. Mesmo assim, o PSD conseguiu manter sua maioria na Câmara de Deputados ao eleger 112 representantes, além de 9 Senadores (sobre 21). Ato contínuo, elegeram-se 10 Governadores do PSD - inclusive Juscelino Kubitschek no estado de Minas Gerais.[2]

Princípios

O Partido Social Democrático de 1945 foi fundado por interventores egressos do Regime Varguista. Esse fato por si só é capaz de demonstrar o perfil dos políticos que se juntaram ao PSD: em sua grande maioria, lideranças regionais com viés adesista.[2][3] Assim, o PSD pôde garantir a filiação de quadros importantes, cuja popularidade antecedia aquela do partido. Além disso, o PSD possuía estrutura interna bastante descentralizada, de forma que ao longo da sua história, a candidatura presidencial homologada pelo diretório nacional foi contestada por diretórios estaduais que eventualmente se aliavam a outras chapas sem desmembra-se do partido.[3]

Segundo Lucia Hippolito, a posição do PSD no sistema partidário daquele tempo pode ser comparada em muitas formas à posição ocupada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro na política brasileira posterior à redemocratização, havendo este inclusive recolhido grande parte dos seus principais quadros como Ulysses Guimarães e Tancredo Neves.[3] A autora enfatiza que o PSD possuía engajamento histórico com a manutenção do regime democrático de 1946, ainda que vários de seus membros tenham aderido ao movimento militar de 1964.[4] Contudo, tal adesão ao golpe de 1964 teria ocorrido em meio a um período de extrema polarização da sociedade brasileira durante o Governo Goulart, agravado pela luta interna no seio do partido que opunha a Ala Moça aos políticos tradicionais. Além disso, a capilaridade do partido no interior do país - característica que permitia a eleição de bancadas expressivas do PSD - vinha sendo desafiada por reformas internas no PTB, que buscavam a sua interiorização.[3]

História

Declínio do Estado Novo e Ascensão do PSD

A entrada do Brasil na Segunda Guerra ao lado das potências Aliadas preparou a dissolução do Estado Novo. O regime varguista passou a encontrar vários frontes de oposição: na política doméstica, havia perdido o apoio de importantes setores do Exército Nacional que, no Nordeste, se organizava sob a égide de Eduardo Gomes - esperançoso futuro presidenciável por uma chapa militar - ao passo que o tradicional bastião do anti-varguismo, São Paulo, se consumia por uma efervescência legalista pró-redemocratização traduzida em importante pressão oposicionista. Do estrangeiro, os Estados Unidos da América também manifestavam sua preferência pela queda do governo Vargas. Tudo isso culminou para a adoção, em 1945, da Lei Constitucional nº9, prevendo eleições diretas.[2]

Bandeira do Partido Social Democrático.

Em 22 de fevereiro de 1945, José Américo de Almeida, em entrevista concedida ao jornal O Globo, anuncia a recepção da candidatura do Major-Brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República pela Oposição, suscitando assim o recrudescimento do Governo à procura de um candidato próprio. Nesse momento, diversos elementos na política e na sociedade ainda ansiavam por uma continuidade varguista, mas o colapso do Presidente era iminente e essa incerteza política no campo governista alimentava o vigor da candidatura de Eduardo Gomes. Não foi até a renúncia de Vargas que os apoiadores do Governo puderam sondar a figura do Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra. A estreita ligação entre Dutra e o Exército Brasileiro era ideal para permitir o diálogo com essa instituição cada vez mais antagônica ao Presidente, além de retirar de Gomes o monopólio sobre o discurso militarista. Desta forma, a candidatura de Dutra foi cada vez mais articulada por importantes indivíduos da base governista que - diante da notória exaustão política e institucional de Vargas - pretendiam ultrapassar Eduardo Gomes através da reconstitucionalização e da deposição do regime.[2][3]

Nesse contexto, começam a se formar os principais partidos políticos do período: a UDN, em apoio a Eduardo Gomes; e o PSD, ventilando a candidatura do Ministro da Guerra. A primeira Convenção Nacional do PSD ocorreu em 17 de julho no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, reunindo interventores estaduais varguistas depostos pelo governo transitório do Presidente do STF, José Linhares.[2] Sem embargo, a questão regional era muito forte e a influência dos antigos interventores do Estado Novo em cada unidade federativa foi determinante para condicionar a adesão ao PSD: normalmente quando se apoiava Vargas, mas não se aprovava do interventor, juntava-se à Oposição.[4]

Contando com o sólido apoio de Getúlio Vargas e ainda de importantes setores do Exército, Dutra assegurou sua vitória na Eleição Presidencial de 1945, com cerca de 55% dos votos. Além da presidência, o PSD logrou maioria absoluta na Assembléia Nacional Constituinte, com 151 deputados (sobre 286) e 26 senadores (sobre 42).[2]

O Governo Dutra (1946-1951)

O Governo Dutra foi um período de grande êxito eleitoral para o PSD. Contava com 10 Ministros de Estado (dentre eles, Carlos Luz) e ainda exercia a presidência da Assembléia Nacional Constituinte através do senador Fernando de Melo Viana e do líder da maioria e vice-Presidente, Nereu Ramos.[2]

Posse de Eurico Gaspar Dutra (PSD) como Presidente da República

Entretanto, um crescente estranhamento entre duas facções começou a tomar conta do PSD: de um lado, os pessedistas que apoiavam uma aproximação com Vargas; e do outro, os chamados ''dutristas'' que viam futuro em uma aliança com a UDN, particularmente ao redor do baiano Otávio Mangabeira - grande articulador de coalizões entre o PSD e a UDN no nível estadual.[4][5][6]

A rachadura interna do PSD veio à tona com muita força na escolha do seu candidato nas eleições de 1947 ao governo de Minas Gerais (estado populoso que exerce papel central nas eleições nacionais). Dutra queria Carlos Luz como candidato, mas a ala getulista indicava José Bias Fortes e não estava pronta para ceder, mesmo diante da concessão pelos dutristas que evocaram como meio termo o nome do ex-Presidente Wenceslau Brás. Sem perder o apoio varguista, Bias Fortes derrotou Brás na convenção mineira do PSD, transformando-se no candidato do partido. Tal ordem de fatos enfureceu o clube dutrista que, liderados por Luz, Fernando de Melo Viana e Cristiano Machado; passaram a apoiar a candidatura do udenista Milton Campos.[2][3][4][5][7]

A escolha do candidato a sucessor de Dutra, utilizou-se da chamada ''fórmula mineira'': pretendia-se coligar o PSD à UDN, apoiando um presidenciável que fosse ao mesmo tempo pessedista e mineiro, remanescendo a UDN com a vice-Presidência. No entanto, a aprovação dessa fórmula pelos quadros do PSD provocou a ruptura do diálogo com Mangabeira e, assim, com a UDN. Nereu Ramos também deixaria a presidência nacional do PSD, afastando a ala getulista diante da excessiva ingerência de Dutra no processo de escolha do próximo candidato - tendo Dutra inclusive usado sua influência para vetar uma possível candidatura do então vice-Presidente.[4][2]

Sede do PSD no Rio de Janeiro. Presidente Eurico Dutra (PSD-RJ) (sentado) e Nereu Ramos (PSD-SC) (discursando).

Ao passo que Getúlio Vargas construía uma aliança com o PSP do paulista Adhemar de Barros e que a UDN relançava o Major-Brigadeiro Eduardo Gomes, o PSD dutrista finalmente se contentou com Cristiano Machado. Não obstante, o lançamento da candidatura Getúlio Vargas-Café Filho conquistou o apoio do reduto getulista nos quadros do PSD, provocando um esvaziamento eleitoral da candidatura de Machado: esse evento entrou para o jargão político como a cristianização do PSD.[3][4][7]

Com isso, Vargas saiu vitorioso na Eleição de 1950 com 48% dos sufrágios; Cristiano Machado obteve 21%, logrando o terceiro lugar na corrida. Mesmo assim, o PSD conseguiu manter sua maioria na Câmara de Deputados ao eleger 112 representantes, além de 9 Senadores (sobre 21). Ato contínuo, elegeram-se 10 Governadores do PSD - inclusive Juscelino Kubitschek no estado de Minas Gerais.[2]

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O Partido Social Democrático de 1945 foi fundado por interventores egressos do Regime Varguista. Esse fato por si só é capaz de demonstrar o perfil dos políticos que se juntaram ao PSD: em sua grande maioria, lideranças regionais com viés adesista.[2][3] Assim, o PSD pôde garantir a filiação de quadros importantes, cuja popularidade antecedia aquela do partido. Além disso, o PSD possuía estrutura interna bastante descentralizada, de forma que ao longo da sua história, a candidatura presidencial homologada pelo diretório nacional foi contestada por diretórios estaduais que eventualmente se aliavam a outras chapas sem desmembra-se do partido.[3]

Segundo Lucia Hippolito, a posição do PSD no sistema partidário daquele tempo pode ser comparada em muitas formas à posição ocupada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro na política brasileira posterior à redemocratização, havendo este inclusive recolhido grande parte dos seus principais quadros como Ulysses Guimarães e Tancredo Neves.[3] A autora enfatiza que o PSD possuía engajamento histórico com a manutenção do regime democrático de 1946, ainda que vários de seus membros tenham aderido ao movimento militar de 1964.[4] Contudo, tal adesão ao golpe de 1964 teria ocorrido em meio a um período de extrema polarização da sociedade brasileira durante o Governo Goulart, agravado pela luta interna no seio do partido que opunha a Ala Moça aos políticos tradicionais. Além disso, a capilaridade do partido no interior do país - característica que permitia a eleição de bancadas expressivas do PSD - vinha sendo desafiada por reformas internas no PTB, que buscavam a sua interiorização.[3]

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Declínio do Estado Novo e Ascensão do PSD

A entrada do Brasil na Segunda Guerra ao lado das potências Aliadas preparou a dissolução do Estado Novo. O regime varguista passou a encontrar vários frontes de oposição: na política doméstica, havia perdido o apoio de importantes setores do Exército Nacional que, no Nordeste, se organizava sob a égide de Eduardo Gomes - esperançoso futuro presidenciável por uma chapa militar - ao passo que o tradicional bastião do anti-varguismo, São Paulo, se consumia por uma efervescência legalista pró-redemocratização traduzida em importante pressão oposicionista. Do estrangeiro, os Estados Unidos da América também manifestavam sua preferência pela queda do governo Vargas. Tudo isso culminou para a adoção, em 1945, da Lei Constitucional nº9, prevendo eleições diretas.[2]

Bandeira do Partido Social Democrático.

Em 22 de fevereiro de 1945, José Américo de Almeida, em entrevista concedida ao jornal O Globo, anuncia a recepção da candidatura do Major-Brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República pela Oposição, suscitando assim o recrudescimento do Governo à procura de um candidato próprio. Nesse momento, diversos elementos na política e na sociedade ainda ansiavam por uma continuidade varguista, mas o colapso do Presidente era iminente e essa incerteza política no campo governista alimentava o vigor da candidatura de Eduardo Gomes. Não foi até a renúncia de Vargas que os apoiadores do Governo puderam sondar a figura do Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra. A estreita ligação entre Dutra e o Exército Brasileiro era ideal para permitir o diálogo com essa instituição cada vez mais antagônica ao Presidente, além de retirar de Gomes o monopólio sobre o discurso militarista. Desta forma, a candidatura de Dutra foi cada vez mais articulada por importantes indivíduos da base governista que - diante da notória exaustão política e institucional de Vargas - pretendiam ultrapassar Eduardo Gomes através da reconstitucionalização e da deposição do regime.[2][3]

Nesse contexto, começam a se formar os principais partidos políticos do período: a UDN, em apoio a Eduardo Gomes; e o PSD, ventilando a candidatura do Ministro da Guerra. A primeira Convenção Nacional do PSD ocorreu em 17 de julho no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, reunindo interventores estaduais varguistas depostos pelo governo transitório do Presidente do STF, José Linhares.[2] Sem embargo, a questão regional era muito forte e a influência dos antigos interventores do Estado Novo em cada unidade federativa foi determinante para condicionar a adesão ao PSD: normalmente quando se apoiava Vargas, mas não se aprovava do interventor, juntava-se à Oposição.[4]

Contando com o sólido apoio de Getúlio Vargas e ainda de importantes setores do Exército, Dutra assegurou sua vitória na Eleição Presidencial de 1945, com cerca de 55% dos votos. Além da presidência, o PSD logrou maioria absoluta na Assembléia Nacional Constituinte, com 151 deputados (sobre 286) e 26 senadores (sobre 42).[2]

O Governo Dutra (1946-1951)

O Governo Dutra foi um período de grande êxito eleitoral para o PSD. Contava com 10 Ministros de Estado (dentre eles, Carlos Luz) e ainda exercia a presidência da Assembléia Nacional Constituinte através do senador Fernando de Melo Viana e do líder da maioria e vice-Presidente, Nereu Ramos.[2]

Posse de Eurico Gaspar Dutra (PSD) como Presidente da República

Entretanto, um crescente estranhamento entre duas facções começou a tomar conta do PSD: de um lado, os pessedistas que apoiavam uma aproximação com Vargas; e do outro, os chamados ''dutristas'' que viam futuro em uma aliança com a UDN, particularmente ao redor do baiano Otávio Mangabeira - grande articulador de coalizões entre o PSD e a UDN no nível estadual.[4][5][6]

A rachadura interna do PSD veio à tona com muita força na escolha do seu candidato nas eleições de 1947 ao governo de Minas Gerais (estado populoso que exerce papel central nas eleições nacionais). Dutra queria Carlos Luz como candidato, mas a ala getulista indicava José Bias Fortes e não estava pronta para ceder, mesmo diante da concessão pelos dutristas que evocaram como meio termo o nome do ex-Presidente Wenceslau Brás. Sem perder o apoio varguista, Bias Fortes derrotou Brás na convenção mineira do PSD, transformando-se no candidato do partido. Tal ordem de fatos enfureceu o clube dutrista que, liderados por Luz, Fernando de Melo Viana e Cristiano Machado; passaram a apoiar a candidatura do udenista Milton Campos.[2][3][4][5][7]

A escolha do candidato a sucessor de Dutra, utilizou-se da chamada ''fórmula mineira'': pretendia-se coligar o PSD à UDN, apoiando um presidenciável que fosse ao mesmo tempo pessedista e mineiro, remanescendo a UDN com a vice-Presidência. No entanto, a aprovação dessa fórmula pelos quadros do PSD provocou a ruptura do diálogo com Mangabeira e, assim, com a UDN. Nereu Ramos também deixaria a presidência nacional do PSD, afastando a ala getulista diante da excessiva ingerência de Dutra no processo de escolha do próximo candidato - tendo Dutra inclusive usado sua influência para vetar uma possível candidatura do então vice-Presidente.[4][2]

Sede do PSD no Rio de Janeiro. Presidente Eurico Dutra (PSD-RJ) (sentado) e Nereu Ramos (PSD-SC) (discursando).

Ao passo que Getúlio Vargas construía uma aliança com o PSP do paulista Adhemar de Barros e que a UDN relançava o Major-Brigadeiro Eduardo Gomes, o PSD dutrista finalmente se contentou com Cristiano Machado. Não obstante, o lançamento da candidatura Getúlio Vargas-Café Filho conquistou o apoio do reduto getulista nos quadros do PSD, provocando um esvaziamento eleitoral da candidatura de Machado: esse evento entrou para o jargão político como a cristianização do PSD.[3][4][7]

Com isso, Vargas saiu vitorioso na Eleição de 1950 com 48% dos sufrágios; Cristiano Machado obteve 21%, logrando o terceiro lugar na corrida. Mesmo assim, o PSD conseguiu manter sua maioria na Câmara de Deputados ao eleger 112 representantes, além de 9 Senadores (sobre 21). Ato contínuo, elegeram-se 10 Governadores do PSD - inclusive Juscelino Kubitschek no estado de Minas Gerais.[2]

O Partido Social Democrático de 1945 foi fundado por interventores egressos do Regime Varguista. Esse fato por si só é capaz de demonstrar o perfil dos políticos que se juntaram ao PSD: em sua grande maioria, lideranças regionais com viés adesista.[2][3]

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